Entre cores, tecidos e pequenos rituais, a primavera convida a repensar o que queremos ver crescer dentro e fora do armário
Por Olívia Nicoletti
Sempre achei curioso como o início da primavera chega com um tipo diferente de energia. Não é só o clima que muda: é o humor das ruas, a luz que atravessa a janela, a vontade de sair, de vestir algo leve, de se sentir parte do movimento da estação. É também um tempo de virada — como se o ano ganhasse uma segunda chance de florescer. E, quando penso em moda, percebo que essa transição diz muito sobre quem queremos ser daqui pra frente.
O armário é, muitas vezes, o espelho das nossas intenções. Depois dos meses frios, dá vontade de trocar os tons neutros por cores que respiram: marrom, pistache, areia. A Calvin Klein, sinônimo de peças com pegada urbanas, aparece com uma cartela super atual — as camisetas mostram como o básico pode ser, também, o que mais reflete o presente.
Na Hering, percebo um movimento parecido: a marca segue fiel ao conforto e à simplicidade que a tornaram querida, mas com uma leitura de moda mais afiada, com modelagens atualizadas e tecidos leves que deixam tudo com mais frescor. Os vestidos esvoaçantes, que caem bem com tênis, rasteirinhas ou até um salto discreto, são a prova de que o básico pode, sim, ser inspirador.
A Khelf também tem esse espírito versátil, com peças que transitam entre o casual e o urbano. São roupas que funcionam bem em qualquer estação, mas que ganham ainda mais vida agora, quando o dia pede menos sobreposições e mais movimento. Já a Acium segue como uma boa pedida para quem quer dar um toque de personalidade com acessórios atemporais, daqueles que não saem de moda e elevam até o look mais simples.
Pensando em um visual completo, a Artwalk e a Magic Feet são paradas certeiras: tênis de linhas limpas, cores vibrantes e conforto absoluto. Gosto da ideia de que o sapato pode mudar a leitura de uma roupa inteira e, na primavera, o contraste entre o romântico e o esportivo é uma fórmula que dá graça às produções.
Nos dias de sol mais forte, os óculos de sol são protagonistas. A Óticas Carol tem modelos que equilibram design e funcionalidade, e eu adoro experimentar formatos diferentes nessa época: armações ovais, lentes em tons quentes, pequenos detalhes que atualizam até nosso rosto.
Por fim, a Renner merece uma menção especial pelo setor de beleza, que está cada vez mais interessante. Entre perfumes, maquiagens e produtos de skincare, dá vontade de transformar o autocuidado em um ritual.
No fundo, acho que a chegada da primavera é sobre isso: voltar a olhar para si com curiosidade e carinho. A cada ano, esse momento nos dá a chance de refazer o que ficou estagnado — no guarda-roupa, nos hábitos, nos planos. E, entre uma cor nova e um perfume diferente, a gente percebe que florescer é só outro jeito de continuar mudando.